Aquele corte ‘in extremis’ de Fábio Cardoso, perto da reta final do encontro, a retirar o golo ao avançado vilacondense, permanece na memória coletiva dos bravos açorianos. Dono e senhor de uma exímia leitura de jogo, pragmático e eficaz na arte de afastar o perigo junto da sua baliza, o capitão do CD Santa Clara voltou a rubricar uma exibição de encher o olho, garantindo que a baliza permanecesse inviolável até ao apito final do encontro. Para além da mais que evidente capacidade defensiva, destacamos a sempre presente voz de comando, liderando todos os movimentos da linha defensiva.
Aos 27 anos, o capitão encontra-se no seu topo de forma. É um dos centrais mais regulares do futebol português, apresentando-se a um nível elevadíssimo há já três temporadas, adquirindo um lugar de relevo na história centenária do CD Santa Clara. Os registos apresentados assim o comprovam: terceiro jogador com mais jogos e minutos ao serviço do clube e sétimo melhor marcador de sempre no principal escalão do futebol português.
A evolução do atleta desde que chegou ao CD Santa Clara é outro tema que merece especial atenção. Para além da qualidade no momento defensivo e em todas as vertentes a que esta fase do jogo dizem respeito, Fábio Cardoso é hoje um elemento fundamental na construção ofensiva da equipa, municiando os homens da frente, potenciando a sua qualidade técnica. Variando com Mikel , o central acaba por ser um dos principais transportadores de bola na primeira fase de construção do jogo, galgando metros no terreno e potenciando a subida no terreno dos laterais da equipa.
Neste momento, existem poucas dúvidas de que Fábio Cardoso é um dos melhores centrais portugueses da atualidade, esperando-se que uma potencial chamada à seleção nacional esteja para breve.