Quando começou a dar os primeiros no Atlético Mineiro, em terras de Vera Cruz, Carlos Jr. prometia vir a ser mais uma das pérolas da canarinha. Velocidade, potência, faro de golo, inteligência, drible. Estavam reunidos os condimentos para dar o salto em busca de um lugar ao sol no futebol internacional. Uma lesão fê-lo perder algum tempo e margem de manobra na gestão da carreira. Esta temporada veio em busca da felicidade, nos Açores e, voit-lá, encontrou-a. Ora a jogar como extremo, ora como segundo avançado, o brasileiro ganhou o seu espaço no onze titular e é, até à data, o artilheiro maior do CD Santa Clara.
Abre latas
Jornada sete, Estádio de São Miguel, CD Santa Clara x Gil Vicente e, com a aproximação do apito final do juíz a pairar na mente das duas equipas, o empate teimava em subsistir. Eis que surge Carlos Jr., a quatro minutos do fim da partida, qual abre-latas a desbloquear a contenda e a estrear-se nos golos com a camisola do CD Santa Clara. O avançado, solto na pequena área, atirava a contar e garantia assim três importantes pontos. Animal de área.
Pequeno grande cabeceador
O jogo de cabeça nunca foi a grande arma do avançado brasileiro mas, ao contrário do que seria expetável, Carlos Jr. tem trilhado uma interessante odisseia nesta vertente do jogo. O prelúdio desta vitoriosa caminhada surge diante do SL Benfica, nos Açores, quando o canarinho desferiu um letal golpe de cabeça que viria beijar as redes da baliza adversária. A partir daí, o avançado tomaria o gosto pelos golos de cabeça. A impulsão e o sentido de oportunidade fazem do baiano um verdadeiro Mário Jardel na pequena área.