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Relato do Bravo – A história das vacas

O ‘Relato do Bravo’ remete-nos para a história das duas ‘vacas’ mais conhecidas do futebol português. A saga teve início em Chaves, passando pelas ilhas e terminando em Vila Nova de Famalicão mas promete continuar a somar passagens pelo território nacional sempre com a companhia da nossa bandeira dos Açores.

 

‘Tudo começou na temporada passada quando fomos a Chaves apoiar o CD Santa Clara. Lembro-me que estávamos na altura do Carnaval e decidimos ir vestidos de vaca para o jogo. A vaca é um animal característico dos Açores. Nesse jogo o nosso disfarce foi um sucesso. Os adeptos acharam muita piada e decidimos passar a ir para outros jogos vestidos dessa forma.

Esta temporada voltamos a fazer o mesmo quando o CD Santa Clara foi jogar contra o CS Marítimo. Só que, desta vez, a história foi mais complicada. O voo de ligação que tínhamos entre Lisboa e depois para a Madeira atrasou. Quando chegámos a Lisboa, perdemos o voo de ligação para a Madeira. Tivemos de ficar umas seis horas em Lisboa. Esse voo atrasou mais três horas, ficámos a beber uns copos no aeroporto, vestimos o fato de vaca e até andamos a jogar futebol no aeroporto. As pessoas que passavam no aeroporto achavam muita piada. Tanto que estivemos quase a perder novamente o voo. Fomos os últimos a chegar à Madeira.

 

A nossa missão, com esta história das vacas, é contribuir para o futebol com a festa entre adeptos. Queremos contagiar as pessoas para que tenham o mesmo espírito que nós: rir, brincar, apoiar o clube e respeitar o adversário’.

Relato do Bravo – Edmundo

As histórias, os episódios marcantes, os festejos daquela vitória, a festa daquela subida. As tuas histórias são as histórias do CD Santa Clara. É altura de as partilhar connosco. ‘O Relato do Bravo’, a nossa mais recente rubrica, começa com a história do adepto Edmundo Engrácio que, outrora, sozinho no antigo Estádio das Antas, ostentou o sonho de uma região.

 

‘Na altura estudava em Braga e acompanhava o Santa Clara em praticamente todos os jogos disputados no continente. O jogo nas Antas acabou por tornar-se viral na altura. Era uma quarta-feira a meio da tarde, em jogo a contar para a Taça de Portugal, o Estádio tinha uma das piores assistências da época, talvez não mais do que 10.000 pessoas.

 

O Estádio apenas abriu as bancadas centrais e o topo sul onde estava a claque do FC Porto. O meu bilhete era para essa bancada, contudo obviamente que não podia ficar la. O diretor de segurança do Porto teve a delicadeza de reencaminhar-me para o sector visitante.

 

Assim que começou o jogo comecei a apoiar como sempre, mas neste jogo o apoio era extremamente ruidoso e ecoava nas bancadas do Estádio.

Lembro-me que no relato da TSF, o saudoso Jorge Perestrelo nem queria acreditar no que estava a acontecer. Ou então da descrição feita pelo falecido dirigente do Santa Clara, Fernando Farias, sobre a reacção incrédula do presidente do FC Porto (Jorge Nuno Pinto da Costa)  no camarote do Estádio das Antas. Recordo-me também de Paredes, atleta do FC Porto, que após ter inaugurado o marcador na 2 parte, celebrou o golo com o dedo em riste, a mandar-me calar, junto à bancada onde me encontrava.

 

Existe sempre o lado romântico do futebol onde o adepto acredita que pode ter influência no desfecho da partida. Neste jogo em particular acredito que foi um destes casos, onde o Santa Clara fez um jogo de grande qualidade e só perdeu no prolongamento por manifesto azar’.