Jorge Simão teve ontem oportunidade de se apresentar formalmente no Estádio de São Miguel e deixou clara a sua missão até final da temporada: reforçar o espírito de união da formação encarnada. “É importante dizer que, ao treinador que entra com uma época a decorrer, normalmente pedem-se milagres. Mas o único milagre que posso prometer neste momento é aquele que resulta do nosso trabalho”, vincou, debruçando-se sobre as suas primeira impressões do grupo: “A minha opinião era baseada no que via pela televisão e já tinha noção de que havia qualidade. De Portimão, o que saiu foi que fiquei surpreendido com a energia positiva do grupo, tanto dos jogadores que estavam no campo, como dos que estavam no banco. Isso é a matriz para construirmos aqui uma equipa, uma identidade. Se já o fizemos uma vez, temos de conseguir fazer mais vezes, sempre. O mais difícil de construir é isto mesmo”.
O desafio passa também por melhorar a qualidade de jogo. “O que resultou em Portimão deve ser atribuído aos jogadores, que quiseram muito ganhar aquele jogo. E conseguimos empatar. O que quero é jogar bem. E isso é dominar todos os momentos do jogo, ou seja, fazer no jogo aquilo que treinamos. É manifestar durante as fases do jogo aquilo que trabalhamos. O que vamos fazer em cada um dos momentos, ainda não consigo dizer. Depende do conhecimento que for adquirindo agora nos próximos tempos”, frisou.
E numa altura em que a janela de transferências está aberta, Simão garante que a prata da casa… resolve. “Os nossos melhores reforços para esta segunda fase da época já estão cá dentro. Podem surgir jogadores num registo diferente daquilo que foi a primeira metade da época. Claro que estamos a viver um processo em que temos o mercado aberto e devemos estar atentos ao que acontece, mas a minha preocupação é tirar o máximo rendimento daqueles que tenho à disposição”, analisou.
A união do plantel é “uma das principais missões”. “O meu objetivo principal é colocar estes jogadores a jogar como equipa, porque se assim for estamos obviamente mais preparados para sair destes lugares mais desconfortáveis da tabela no campeonato”, prosseguiu o novo treinador da formação açoriana.
O técnico confirmou, de resto, as saídas de Anderson Carvalho, Andrezinho, João Marcos e Rodrigo Valente, e fez questão de deixar uma nota particular. “São decisões que foram tomadas no âmbito da administração da SAD e já vinham a ser preparadas antes da minha chegada. Queria deixar uma palavra especial ao Anderson Carvalho, que já está aqui há várias temporadas, deu muito ao clube, e queria-lhe deixar essa nota de destaque. O que ele fez não será seguramente esquecido e será sempre uma figura importante nesta casa. Queria deixar felicidades a todos estes atletas para o futuro. São decisões que foram tomadas a pensar no futuro do Santa Clara mas também na felicidade dos jogadores, porque os atletas querem é jogar. Uma decisão deste género permite que estes atletas possam jogar e ser felizes noutros clubes”, rematou.
Assista na íntegra às declarações de Jorge Simão: