Sem golos, mas com um ponto.

O CD Santa Clara começou a temporada com um nulo (0-0) diante do Casa Pia AC, no primeiro jogo dos lisboetas na Primeira Liga desde há 83 anos.

Divisão de pontos no Estádio de São Miguel, na estreia oficial dos açorianos na nova temporada e no regresso do Casa Pia AC ao principal escalão do futebol português. Logo aos 10 minutos, Marco Pereira impediu o inaugurar do marcador com uma fenomenal defesa a grande penalidade de Lelo, mantendo a igualdade no marcador. No mesmo primeiro tempo o guardião português faria nova intervenção incrível após um remate no poste, mostrando reflexos muito acima da média.

O CD Santa Clara podia-se ter adiantado no marcador, dispondo de várias ocasiões no primeiro tempo: Sagna e Tagawa ameaçaram de meia-distância, Ricardinho testou o guarda-redes Ricardo Batista e, talvez na melhor ocasião do encontro para os açorianos, Allano rematou para corte praticamente na linha de golo de João Nunes.

Na segunda parte marcada pelo acuso da forte humidade, e com apenas 4 remates registados, o jogo reteve-se mais morno. O CD Santa Clara teve que se retrair naturalmente após expulsão de Ricardinho à entrada dos últimos 10 minutos, ele que estava a ser um dos elementos, como habitual, de desiquilíbrio.

Ambos os técnicos consideraram o empate um resultado justo, que se adequou à forma como decorreu a partida. Os açorianos voltam a entrar em campo no domingo às 14h30 (AZO) no Estádio do Bessa, diante do Boavista FC.

DESTAQUES

Marco Pereira: Grande penalidade defendida, uma defesa quase impossível e uma exibição extremamente segura do guarda-redes do Santa Clara.

Bobsin: Estreia para mais tarde recordar. Muito bom acerto de passe e com boa contribuição defensiva.

Anderson Carvalho: Como habitual, fundamental no equilíbrio da equipa.

RESUMO DO JOGO

Dois jogos dentro do mesmo.

Com grande espírito de sacrifício, mas em inferioridade numérica em praticamente todo o 2º tempo, o Santa Clara não conseguiu segurar a vantagem no Bessa.

A primeira deslocação oficial da temporada para o Santa Clara não correu da melhor forma, com derrota (2-1) no Estádio do Bessa Séc. XXI diante do Boavista FC. A formação orientada por Mário Silva esteve a vencer graças a uma obra-prima de Rildo, contudo, na segunda parte, já com menos um elemento, acabou por sofrer a reviravolta no marcador.

O encontro viu-se equilibrado, com ambas as equipas a tentarem de formas distintas: uma aposta na transição por parte dos açorianos – que acaba por resultar num golo – e os nortenhos, naturalmente, a contar com o apoio dos seus adeptos para saírem galvanizados. Ao intervalo fazia a diferença o golo de Rildo que, depois de slalom individual, acabou por trocar as voltas à defesa axadrezada, até ao guarda-redes Rafael Bracalli, e finalizou com enorme categoria para o seu primeiro golo com os Açores ao peito. E que momento inesquecível.

A segunda parte não começaria bem para o Santa Clara, com o segundo cartão amarelo mostrado pelo árbitro Hélder Malheiro a Bruno Almeida, outro dos estreantes absolutos na formação insular. Tentando segurar a vantagem e nunca deixando de atacar e explorar o espaço em profundidade, o Santa Clara acabou por sofrer a reviravolta num breve espaço de tempo, aos 62′ e 66′, graças a tentos de Yusupha e do recém-entrado Martim Tavares.

Até ao final da partida Tassano acabou por receber ordem de expulsão por grande penalidade cometida na reta final do jogo, tendo o Santa Clara terminado com 9 elementos. Mesmo assim, e mesmo à beira do apito final, uma jogada no flanco esquerdo por pouco não resultou no golo do empate, um prémio que seria merecido para uma equipa que, desde o primeiro instante, lutou em busca do resultado num terreno, como se sabe, extremamente complicado para qualquer equipa.

O Santa Clara volta a entrar em campo no sábado, dia 20 de agosto, diante do FC Arouca, no Estádio de São Miguel (14h30 AZO).

DESTAQUES

Rildo: Uma verdadeira obra de arte a inaugurar o marcador na sua estreia absoluta pelo Santa Clara. Momento inesquecível.

Marco Pereira: Extremamente seguro sempre que foi chamado a intervir, destacando-se uma defesa soberba na 2ª parte.

Andrezinho: Entrou bem e protagonizou, pela direita, um grande lance individual que podia ter resultado no golo do empate numa altura tardia do encontro.

RESUMO DO JOGO

Resultado ingrato.

O FC Arouca terminou o rol imbatível do Santa Clara no Estádio de São Miguel, que durava há mais de 8 meses.

Terminou a maior série imbatível da história do Santa Clara, em casa, na Primeira Liga. A última vez que o Santa Clara tinha conhecido o sabor da derrota no Estádio de São Miguel tinha sido a 7 de novembro de 2021. Para a história ficam 12 jogos invictos, entre eles triunfos históricos.

Com duas alterações no onze, a estreia de Paulo Eduardo e o regresso de Ricardinho, o Santa Clara começou bem na partida e podia-se ter adiantado no marcador. Aos 3 minutos, depois de toque de Anderson Carvalho, Tagawa por pouco não chegou para a emenda. Ainda antes dos 10 minutos Paulo Henrique esteve perto de ser feliz, após cruzamento de Allano: o lateral açoriano subiu cheio de coragem, mas o cabeceamento acabou por sair acima do alvo. A fechar o trio de boas oportunidades antes do quarto de hora da partida, Sagna atirou por cima na sequência de um pontapé livre. No dia antes do seu 32º aniversário, o lateral nascido em Dakar cumpria o seu 50º jogo pelos açorianos.

A segunda parte trouxe um Santa Clara motivado à procura do jogo, algo que surgiu mesmo no início. Jogava-se o minuto 50′ quando, após livre lateral de Sagna e um astuto desvio de cabeça de Tagawa ao primeiro poste, Rildo acabou por ser oportuno ao segundo poste e encostou para inaugurar o marcador no Estádio de São Miguel. Segundo jogo a marcar para o brasileiro depois da verdadeira obra-prima apontada ao Boavista FC na jornada anterior.

A resposta do Arouca surgiria por intermédio do avançado Rafa Mújica, em lance onde Pierre Sagna é pisado, logo, não podendo acompanhar o desfecho da jogada. A reviravolta no marcador foi consumada por João Basso, da marca dos 11 metros, no minuto após o Santa Clara, por sua vez, pedir grande penalidade por um lance semelhante na área dos arouquenses. O central brasileiro bateu o guardião Marco Pereira e confirmou a reviravolta no marcador, um resultado que não espelha o espírito dos açorianos até ao apito final.

O Santa Clara volta a entrar em campo às 14h30 (AZO) de domingo, dia 28 de agosto, fora de casa, frente ao FC Famalicão.

DESTAQUES

Rildo Filho: Segundo jogo consecutivo a marcar, deixando novamente deslumbrados os adeptos com os seus dribles desconcertantes.

Allano: Foi dos mais elementos mais proativos à procura do golo. Serviu Paulo Henrique para uma das boas oportunidades do Santa Clara na 1ª parte.

Pierre Sagna: Impossibilitado de dar o seu contributo defensivo no golo do empate arouquense, o lateral esteve seguro e extremamente esforçado em ambos os momentos do jogo até ser substituído aos 77′ pelo estreante Diogo Calila.

RESUMO DO JOGO