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«Estamos unidos a remar para o mesmo lado»

Rui Costa vive um bom momento no CD Santa Clara. Natural de Vila Nova de Famalicão, o avançado está às portas de concluir 50 jogos pelos açorianos e terá possibilidade de alcançar esse marco justamente na cidade de origem frente ao clube em que deu os primeiros passos no futebol. O mais recente vencedor do ‘Golo da Jornada’ da Liga Portugal, numa semana que antecede um jogo naturalmente especial, conversou com o departamento de comunicação do Santa Clara para descrever o seu momento individual, coletivo e fazer a retrospetiva do seu primeiro ano como Bravo Açoriano.

 

Chegar à dezena em grande estilo!

 

Era difícil chegar ao 10º golo pelo Santa Clara de melhor forma. Com a partida a chegar ao final, e com os insulares a quererem selar em definitivo a vitória frente ao FC Vizela, debaixo de forte chuva e vento, Rui Costa aproveitou primorosamente um livre cobrado rapidamente por Óscar Barreto, escapando da oposição contrário e picando o guarda-redes adversário com toda a classe do mundo. Com influência no golo que inaugurou o marcador, sendo opositor direto de Bruno Wilson que introduziu a bola na própria baliza, a sua exibição na 25ª jornada do campeonato valeu-lhe a atribuição do prémio de ‘Homem do Jogo’. Em declarações ao departamento de comunicação do Santa Clara, o avançado mostrou-se contente com a distinção de ter inclusive o ‘Golo da Jornada’, mas enfatizou que o coletivo impera. «Acho que ganhar o golo da jornada é muito bom, é um reconhecimento do nosso trabalho. Mas o mais importante foi mesmo conseguir selar o jogo e dar os 3 pontos ao Santa Clara. Conseguimos, e isso foi o mais importante», atirou.

 

Se o coletivo está em sintonia, as individualidades sobressaem 

 

Com 8 contribuições de golo na presente edição do campeonato — 5 remates certeiros e 3 assistências —, Rui Costa atribui o mérito ao coletivo pelas exibições recentes e, no cômputo geral, pela união de todo o grupo de trabalho. «O momento do Santa Clara passa por um grupo enorme que temos e uma tranquilidade de acreditar naquilo que podemos entrar em campo e fazer», começou por dizer, convictamente. «Estamos todos unidos a remar para o mesmo lado e isso nota-se em campo. Se o Santa Clara em si estiver bem, o individual também.»

«O regresso a Portugal foi muito fácil. Quando recebi a proposta nem pensei duas vezes…»

FOTO: AD Alcorcón/RCD de La Coruña

 

A passagem por um histórico europeu

 

Depois de representar vários emblemas no futebol português, 2019 trouxe a Rui Costa a primeira experiência no estrangeiro. O AD Alcorcón chamou pelo avançado luso que, nessa temporada a vestir de amarelo por cedência do FC Porto, apontou 3 golos e contribuiu com outras duas assistências. Seria na época seguinte, contudo, que representaria um histórico europeu que, pese embora viva dias difíceis, se traduz num dos emblemas de grande expressão no futebol espanhol: o Deportivo de La Coruña. Rui Costa juntou-se assim ao campeão espanhol da época 1999/2000, numa experiência que terminou em janeiro de 2021. O destino, esse, já todos sabemos…

 

Da Corunha para São Miguel

 

«Mal recebi a proposta do Santa Clara nem pensei duas vezes», disse-nos Rui Costa, quando questionado sobre o regresso a Portugal. O jogador ambicionava o regresso à Primeira Liga, competição em que tinha alinhado de forma breve pelo Portimonense SC. «O Santa Clara abriu-me as portas da Primeira Liga. Tive uma curta passagem pelo Portimonense, também na Primeira Liga, mas onde realmente joguei e considero que joguei na Primeira Liga foi aqui no Santa Clara que me abriu as portas e acolheu-me muito, muito bem. O regresso a Portugal foi muito fácil. A adaptação também foi muito fácil devido ao grupo que temos e à estabilidade do clube, que é muito boa», referiu.

«Estamos todos unidos a remar para o mesmo lado e isso nota-se em campo»

Rui Costa, instantes antes de apontar o golo da jornada 25, frente ao FC Vizela

 

Um primeiro ano para relembrar…

 

Rui Costa chegou ao Santa Clara em janeiro e, até ao final da temporada, apontou 4 importantes golos na história caminhada dos Bravos Açorianos. Na região há mais de 1 ano, o avançado faz um balanço muito positivo da sua estadia no clube até ao momento: «O meu primeiro ano foi muito bom a nível individual e coletivo, que é o mais importante. Conquistamos muitas coisas como um lugar na Conference League, algo histórico para o clube e isso é sem dúvida o mais importante porque ficamos na história do Santa Clara e do futebol português.»

 

Um regresso muito especial numa tarde que pode ser simbólica

 

A um jogo de cumprir a marca dos 50 pelo Santa Clara, Rui Costa pode fazê-lo no Municipal de Famalicão, um palco especial para o atleta. Natural de Vila Nova de Famalicão, alinhou nos escalões jovens do clube de 2005 a 2013 e mais tarde, como profissional, em 2017. O jogador de origem famalicense refere que será um jogo bastante disputado, com ambas as equipas a lutar pelos 3 pontos no Minho.

 

«Fazer 50 jogos pelo clube é sempre uma marca importante individualmente, por isso fico muito feliz porque foi o clube que me abriu as portas à Primeira Liga e regressar a Portugal. Estou muito contente por isso. Jogar em Famalicão vai ser o regresso a uma casa em que já fui muito feliz, e para qualquer jogador é muito bonito jogar lá com um estádio cheio com um público muito fervoroso. Vai ser sem dúvida um bom regresso. Vamos lutar pelos 3 pontos tal como o Famalicão, mas vai ser um jogo muito especial para mim», concluiu.