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FALTAM MAIS DO QUE APOIOS

A Santa Clara, Açores – Futebol,SAD não pode deixar de lamentar as recentes declarações do Diretor Regional do Desporto dos Açores, Luís Carlos Couto.

 

Citado pelo ‘Correio dos Açores’, diz o referido responsável que a equipa de Sub-23 do Santa Clara não tem “mérito desportivo” no acesso a uma competição nacional, neste caso, a Liga Revelação.

 

E por isso, explica Luís Carlos Couto, estes mesmos Sub-23 não recebem qualquer apoio nas deslocações.

 

O responsável esqueceu-se – queremos acreditar -, no entanto, que o processo formal de acesso à Liga Revelação passa forçosamente por um convite da Federação Portuguesa de Futebol. E esse convite implica o cumprimento de vários requisitos, sendo um dos principais a valorização e desenvolvimento dos atletas formados localmente. É assim com qualquer dos 16 clubes em prova e o Santa Clara não é exceção.

 

Ou seja, para aqui chegar, é preciso algum mérito. E o que para o Santa Clara é um orgulho – falamos de um projeto ímpar nos Açores -, aparentemente para Luís Carlos Couto carece de mérito desportivo.

 

Luís Carlos Couto ter-se-á esquecido também de que, hoje, o Santa Clara é a única equipa insular com plantel de Sub-23.

 

Não se terá apercebido de que, ao contrário do que aconteceu com os outros clubes que foram despromovidos, esta SAD investiu ainda mais na formação.

 

Um investimento de monta, que deveria ser motivo de apoio, é aparentemente olhado com demérito.

 

Luís Carlos Couto porventura não terá alcançado o principal objetivo dos Sub-23 e da criação de uma prova como a Liga Revelação, onde o Santa Clara nunca tinha participado mas onde agora, com o dito orgulho que devia ser de todos os açorianos, também compete.

 

O conceito e a prova feita são simples: valorizar o crescimento do futebol de formação, fermentando assim o futebol nacional e o produto português.

 

Mais: em escassas semanas de competição, o Santa Clara já lançou nesta Liga Revelação quatro atletas açorianos (João Afonso, Rodolfo Cardoso, Samuel Velho e Mateus Machado), o que é para nós motivo de honradez.

 

Para Luís Carlos Couto, aparentemente nada disto entra na tal lógica dos apoios, pelo que só podemos concluir que não valorize estes aspetos ou o papel que o Santa Clara quer ter – e já tem – no desenvolvimento do futebol nos Açores. Só podemos, pois, lamentar tal postura.

 

Não vamos, todavia, conformar-nos com aquilo que temos feito. Esta SAD criou uma equipa de Sub-23, uma equipa B, e acredita que a construção do centro de treinos nos Açores representará um novo ponto de viragem na história do futebol local e, esperamos, também nacional.

 

Mais: queremos acreditar que todos os elementos com cargos de responsabilidade ao nível do Desporto nos Açores fazem uma gestão desprovida de simpatias pessoais, tratando todos os clubes da Região com igual respeito e consideração.

 

Da nossa parte, continuaremos a trabalhar. Pelo Santa Clara, pelos açorianos, pelos Açores!