Vini, vedi, vici. Chegou, viu e venceu. A carreira de Morita nos Açores fica bem sintetizada através da famigerada frase proferida pelo general romano, Júlio César. Também Hide, diminutivo do atleta internacional pelo Japão, tem-se revelado num autêntico comandante no miolo do terreno encarnado, ora indicando os melhores caminhos para proteger a baliza, ora desvelando espaços fulcrais, onde o veneno dos homens mais adiantados pode ser letal. A precisão no passe e a leitura de jogo digna de um verdadeiro maestro conjugam-se na plenitude com a agressividade sem bola e a inteligência na ocupação dos espaços, fazendo do japonês um dos médios mais completos a atuar em Portugal.
O mês de Março foi especialmente marcante para o médio. Em Alvalade, jogo que a equipa viu fugir um ponto no período de descontos, encheu o campo e foi uma autêntica dor de cabeça para os leões, no miolo do terreno, através do seu vaivém constante entre ataque e defesa. No jogo seguinte, já a atuar nos Açores, foi peça fundamental na placa giratória da frente, espalhando magia em conluio com Lincoln, Allano, Rui Costa e Carlos Jr., sempre garantindo o equilíbrio de uma equipa com os olhos na baliza adversária. O mês de Março ficou fechado com a partida diante do CD Tondela, tarefa hercúlea para a equipa que se viu a jogar com apenas nove jogadores em campo, fruto de duas expulsões.
Ainda com energia suficiente, num mês repleto de jogos, Morita ainda foi a tempo de se juntar à seleção japonesa, depois de uma complexa miríade de viagens, participando nas duas vitórias do Japão diante da Coreia do Norte e da Mongólia. Contra a segunda, Hide ainda foi a tempo de se estrear a marcar com a camisola dos samurais azuis, momento marcante na carreira do jovem atleta.