Ponto a ponto
O Bessa recebeu duas equipas que se equiparam durante quase noventa minutos. o CD Santa Clara num terreno difícil fez uso (e bem) do pragmatismo e conseguiu somar mais um importante e inédito ponto na caminhada para assegurar a manutenção.
O Boavista FC, pressionado por ocupar lugares aflitivos na tabela classificativa, entrou no encontro melhor e a criar sérias dificuldades ao CD Santa Clara aproveitando os espaços nas costas da defesa e fazendo uso dos homens da frente. O ímpeto ofensivo do adversário conduziu a equipa ao golo. Era altura de reagir e o CD Santa Clara fê-lo prontamente. Daniel Ramos equilibrou a equipa e começaram a surgir mais jogadas de perigo junto da baliza adversária. Carlos, aquele que vira a ser o homem do jogo, deixou um aviso duas vezes, primeiro atirando por cima e depois ao poste da baliza adversária, concretizando as ameaças pouco depois, perante um cruzamento com conta peso e medida de Cryzan.
Na segunda parte, as duas equipas retraíram-se e adotaram o calculismo como principal arma para fazer face a um segundo tempo que se previa intenso. O Boavista FC assumia a batuta do jogo, dispunha de mais posse de bola mas embatia sempre na armadilha montada por Daniel Ramos. O CD Santa Clara mantinha, por sua vez, a nota dominante dos últimos quinze minutos do primeiro tempo. Equipa organizada, compacta e matreira nas transições ofensivas. Apesar das poucas oportunidades neste segundo tempo, nota de registo para uma jogada já próxima da ponta final da partida com Rafael Ramos a servir Cryzan que, de cabeça, obrigou Leonardo Jardim a esforçar-se. No final, o empate justifica-se e é perfeitamente aceitável face ao rendimento das duas equipas. Nota de registo para mais um recorde alcançado, visto que o CD Santa Clara na sua história nunca tinha ganho pontos no Bessa.