Os bravos de volta às vitórias
Depois da ressaca europeia, a equipa voltou a dar uma excelente resposta em termos exibicionais e somou os primeiros três pontos da temporada na Liga BWIN. Raça, crer e muita abnegação foram os condimentos de uma vitória muito batalhada mas justa.
Na véspera da partida, Daniel Ramos tinha apelado ao espírito de sacrifício de um grupo heroico de atletas que tem sido sujeito a uma elevada carga de jogos no último mês, abalado ainda pela eliminação na Conference League, a meio da semana, depois de uma sempre desgastante viagem à Sérvia. A acrescer a todas estas dificuldades, a equipa teria de combater perante um adversário competente e com as condições climatéricas que não deram tréguas até final do jogo.
Os bravos açorianos renasceram e disseram presente, respondendo ao apelo do seu líder. O CD Santa Clara esteve quase sempre por cima do jogo, diante de um Gil Vicente que se viu a perder muito cedo no jogo. Rui Costa, hoje a atuar mais descaído numa ala, seria o matador de serviço e autor do único golo de um jogo em que a equipa da casa foi superior. No primeiro tempo, à exceção de um remate bem resolvido por Marco Pereira, foram quase nulos os perigos criados pelos galos. A equipa mostrava-se agressiva nos momentos de reação à perda e em organização defensiva mas também criteriosa com bola e incisiva no ataque aos espaços e, para além do golo, foram várias as aproximações com perigo da baliza à guarda de Kriticiuk.
No segundo tempo a estratégia seria diferente. Ciente das dificuldades físicas, a equipa passou a dispor-se de uma forma mais resguardada, procurando conceder a iniciativa de jogo ao adversário. Foi isso que aconteceu. O Gil Vicente passou a assumir mais o jogo, a deter a posse de bola mas a criar pouco ou nenhum perigo. Se no primeiro tempo Marco fez uma defesa, no segundo o guardião não viria a ser chamado a intervir. De forma estratégica, a equipa tentava sair em rápidas transições através da velocidade dos seus homens da frente. A verdade é que o agravamento das condições climatéricas não permitiam um futebol muito vistoso, sendo que, até final, mais do que com arte e engenho, a equipa responderia com vontade e querer.
A equipa tem agora um merecido descanso, após um mês com nove partidas disputadas e centenas de quilómetros percorridos. O regresso à competição dar-se-á daqui a dois fins de semana, na receção ao SL Benfica.