Um Bravo luta até ao fim!
Em jogo de grande qualidade do Santa Clara, a justiça tardou, mas não falhou: um momento de brilhantismo restabeleceu a igualdade.
Os primeiros minutos mostraram personalidade por parte do Santa Clara, com Luiz Phellype perto de inaugurar o marcador à passagem dos 5 minutos. Até aos 20 minutos, várias paragens acabaram por condicionar o ritmo da partida, que não foi jogada a um ritmo particularmente frenético. Apesar de o Braga procurar instalar-se no meio-campo adversário, até foram os Bravos a criar nova bela oportunidade de golo: Morita lançou Rui Costa com um belo passe em altura, e, de primeira, o avançado português acabou por falhar o alvo, mas por muito pouco. Foi um belo momento que deixou em êxtase os adeptos no Estádio de São Miguel.
Até ao intervalo foram poucas as ocorrências de real perigo para ambos os guarda-redes, com o Santa Clara a procurar sempre a resposta às tentativas bracarenses. Marco teve de se aplicar a parar uma tentativa de meia distância de André Horta, e esteve seguro. O guardião do Santa Clara não foi muito requisitado, até porque as oportunidade do Braga acabaram por não levar muito perigo à baliza insular.
Na segunda parte, uma entrada digna de Bravos. Remates de Luiz Phellype, Lincoln e Morita, cantos e lances dignos de registo que ameaçaram a baliza de Matheus. Tal como no início da 1ª parte, o Santa Clara entrou pressionante e com vontade de se adiantar no marcador. O Braga tentou sobretudo em lances de transição, mas raramente conseguiu realmente ameaçar seriamente a baliza defendida por Marco.
À medida que o tempo passava, cada vez mais domínio dos Bravos. Depois de investidas de topo o tipo, e em sucesso variado, chegou a justiça: nos últimos instantes da partida, na sequência de um livre direto, Lincoln fez uso do brilhante pé esquerdo e não deu hipóteses a Matheus. Um golo incrível que exultou o Estádio de São Miguel e conferiu justiça ao marcador – e, em boa verdade, a vitória açoriana seria o desfecho mais apropriado.
Os adeptos tiveram razões para festejar: um golo absolutamente brilhante e a alegria que todos tanto merecíamos.