Não foi a nossa tarde.
Adversário extremamente eficaz, um Santa Clara que não conseguiu aproveitar as oportunidades de que dispôs e uma tarde em que a felicidade não ficou do lado dos Bravos – mesmo quando tudo indicava que isso acontecesse.
Não foi a tarde que os Bravos Açorianos mereciam. Depois de um ciclo frenético e de uma paragem para seleções, o Santa Clara tinha a oportunidade de começar o novo capítulo da Liga Portugal BWIN com um resultado positivo frente ao SL Benfica. Tal não aconteceu, num resultado que espelha o contraste entre eficácia e ineficácia nos momentos determinantes. Mais ainda quando, em vários momentos, ficam no ar decisões que podiam ter mudado o rumo dos acontecimentos.
Em vários momentos houve um Santa Clara extremamente personalizado no jogo, sendo a 1ª parte uma das melhores da temporada até este momento. Aliás, os Bravos Açorianos remataram mais que o adversário, enquadrando as mesmas tentativas à baliza (5). A equipa de Daniel Ramos conseguiu mesmo encostar às cordas o Benfica, uma das formações de grande nível no futebol português, e por várias vezes os adeptos no Estádio de São Miguel estiveram perto de festejar o golo insular. Lincoln alvejou a baliza contrária com categoria por duas ocasiões, uma delas rematando mesmo à trave. Antes, Cryzan, com espaço na área, acabou por não conseguir armar uma finalização eficaz em zona privilegiada.
Ademais, dois lances capitais que podiam ter mudado o rumo dos acontecimentos: a entrada de Odysseas sobre Mansur, que Rui Costa puniu com o cartão amarelo, e a queda de Cryzan na área do Benfica, rodeado por 3 adversários num momento de pressão. Momentos que podiam ter mudado o jogo com outro critério. Perto do intervalo chegou o lance que, sim, mudou totalmente o rumo dos acontecimentos: o golo de Rodrigo Pinho que deu a vantagem aos lisboetas na altura de intervalo.
Na segunda parte, o CD Santa Clara entrou com o objetivo de reverter o resultado, mas acabou por ser vítima de uma tremenda eficácia da formação de Jorge Jesus. Em 4 remates à baliza, 4 golos. Acabou por ser o reflexo de uma equipa adversária que ganhava confiança a cada remate certeiro, enquanto o Santa Clara, naturalmente, se exponha mais por querer disputar o resultado em todos os momentos da partida. Numa tarde em que a chuva deu poucas tréguas e a sorte do jogo não esteve do lado açoriano, a vontade imediata é de uma resposta à Santa Clara em Portimão, na próxima sexta-feira.