E, por fim, justiça
Jogo de emoções fortes no Estádio de São Miguel e com incerteza até ao último apito. O Boavista FC esteve a vencer, por duas vezes, mas no suspiro final do duelo, Fábio Cardoso carimbou um empate que, apesar de não servir as pretensões da equipa, trouxe justiça ao marcador.
Ao contrário do que já é seu apanágio, a equipa entrou em campo letárgica e algo insegura, contrastando com um Boavista FC agressivo na disputa dos lances e a procurar alvejar a baliza de Marco. Ainda assim, apesar da entrada menos positiva, a primeira oportunidade de perigo da partida nasceu dos pés de Carlos Jr, cujo remate não conseguiu corresponder ao cruzamento milimétrico de Allano. O golo apontado pelo Boavista foi o tónico para uma resposta mais afirmativa da equipa. Em desvantagem, a equipa arriscou mais na partida, subiu as linhas e tentou aproveitar as incursões dos laterais em terrenos mais adiantados. Já perto da primeira parte, Lincoln concretizou as ameaças anteriormente feitas, atirando a contar para o empate, naquele que foi o primeiro golo do brasileiro na edição da Liga NOS.
Em completo contraste com a primeira parte, a equipa entrou bem na segunda metade da partida. Pressionante, conseguindo roubar o esférico não raras vezes, a equipa chegava com facilidade à baliza adversária. Após uma destas incursões venenosas, a equipa beneficia de um lance de bola parada, eximiamente cobrado por Lincoln e com Carlos Jr a fazer uso do oportunismo de um verdadeiro avançado. Após o golo, a equipa procurou gerir os ritmos de jogo, tentando marcar para alcançar a tranquilidade na partida. Nada feito. O Boavista, bafejado por alguma sorte à mistura, iria recolocar-se em vantagem. Primeiro, Gustavo Sauer atira ao poste da baliza de Marco, tendo a bola embatido, caprichosamente, nas costas do guardião antes de ultrapassar a linha de golo. Seis minutos mais tarde, o Boavista aproveitaria uma desatenção defensiva para se colocar na frente do marcador.
Com a vantagem no marcador, a equipa adversária baixou ainda mais as suas linhas, procurando fazer uso da velocidade e mobilidade dos homens das frente. A equipa não baixou os braços, reagiu de forma enérgica, cruzando várias vezes para a pequena área dos boavisteiros sempre bastante povoada. Numa destas incursões pelo ataque, eis que chega a justiça ao marcador. Sagna cruza para a pequena área, onde Fábio Cardoso, capitão da equipa, estava pronto para desferir um golpe letal para o empate na contenda. Com o empate a equipa isola-se no sétimo posto do campeonato, somando 37 pontos.