Sintonia Perfeita
No regresso do público ao estádio, o CD Santa Clara rubricou uma das melhores exibições da época. Grandes golos, momentos de pura magia, muita atitude, baliza a zeros e uma vontade enorme em poder retribuir o apoio do povo açoriano.
O povo açoriano não podia pedir melhor exibição neste regresso ao Estádio de São Miguel. Os adeptos corresponderam ao apelo do mister e a equipa fez o resto. Logo a abrir, Allano, num remate do meio da rua, inaugura o marcador, dificultando a estratégia traçada pelo Paços Ferreira. Apesar do golo, a equipa não baixou o ritmo e continuou numa incessante busca pela posse de bola, tentando ganhar ao adversário nas divididas. Na frente, samba brasileiro com um toque nipónico. Morita assumia a batuta do jogo distribuindo a bola para os virtuosos da equipa: Allano, Cryzan, Lincoln e Carlos Jr. Ora, a inquestionável qualidade na frente viria a dar novos frutos. Cryzan, após ter falhado a concretização de uma grande penalidade, não falhou na recarga, dilatando a vantagem da equipa no marcador.
De regresso após o intervalo, nova entrada enérgica e esclarecedora. Este CD Santa Clara não estava satisfeito com os dois golos de vantagem e queria novo golo para assegurar a tranquilidade na partida diante de um adversário que tem sido uma das melhores equipas da prova. E assim foi. Novamente com os homens da frente em destaque, servidos pelo inesgotável Morita, o CD Santa Clara voltou a causar mossa na defensiva dos castores. Numa grande jogada coletiva, num venenoso contra golpe, a equipa fecha as contas do jogo para gáudio das bancadas que voltavam a vibrar com a equipa. Até final, o FC Paços Ferreira procurou aproximações à baliza de Marco mas escassearam as oportunidades de real perigo. Vitória justíssima dos bravos açorianos numa tarde feliz para a Região e para o futebol.