Inteligência e Pragmatismo
Pragmatismo, eficácia e, acima de tudo, inteligência. Foi assim que o CD Santa Clara garantiu o regresso às vitórias para a Liga NOS, carimbando a importante marca dos 40 pontos na tabela classificativa.
Diferente mas eficaz. Daniel Ramos, antes da partida, tinha reforçado a importância de controlar as referências individuais dos vilacondenses e assim foi. O calculismo e a eficácia na ocupação de espaços foram uma constante no jogo defensivo da equipa no primeiro-tempo. Mais à frente, no miolo do terreno, centro de todas as decisões, o tridente central conferia agressividade sem bola, fundamental para que a equipa pudesse manietar o jogo adversário. No que respeita ao plano ofensivo, o CD Santa Clara fez uso da verticalidade dos seus alas, procurando encetar vertiginosas aproximações à baliza da equipa verde e branca. Allano, Carlos Jr e Rui Costa foram alguns dos intervenientes que visaram o golo mas sem grandes efeitos práticos. Ao intervalo, o nulo no marcador não expressava a evidente superioridade no jogo.
No segundo tempo, nova entrada positiva da equipa. Com pé no acelerador e uma vontade intrínseca de alvejar a baliza adversária, o golo acabaria por ser uma inevitabilidade. E assim foi. Numa das várias jogadas de combinação coletivas, Anderson Carvalho dispara forte para a baliza de Kieszek que, por seu turno, largou a bola para a frente, onde já estava Carlos Jr. pronto para inaugurar o marcador. O brasileiro apontou o seu 11º golo no campeonato, números expressivos para um ala, tornando-se o jogador do CD Santa Clara a marcar mais golos numa só temporada. Era de esperar que, com o golo, a equipa baixasse o ritmo de jogo. Allano tratou de o desmentir. Numa corrida desenfreada, o ala canarinho foi em busca da felicidade mas o poste adversário roubou-lhe o sorriso e uma mais que merecida tranquilidade.
Com o desenrolar do jogo era de esperar que o Rio Ave FC pudesse exercer outro tipo de domínio na partida. Os vilacondenses rubricaram uma ponta final bastante esforçada, obrigando André Ferreira a um punhado de defesas soberbas. Pese embora as ameaças à baliza açoriana, a defesa encarnada tratou de responder com assertividade, afastando para longe os lances de maior perigo. No final, vitória muito importante para os bravos açorianos que carimbam matematicamente a manutenção, somando uns expressivos 40 pontos na prova. A equipa volta agora a entrar em campo já no próximo domingo, diante do Belenenses SAD, no Estádio Nacional.
Os primeiros minutos de jogo mostraram um CD Santa Clara organizado e a tentar responder à maior assertividade do SC Braga através das transições. Quando a equipa já tinha encontrado tranquilidade no jogo, o SC Braga beneficia de uma grande penalidade que seria cobrada de forma exímia por Trincão. A equipa não tardou em responder e foi somando várias oportunidades de perigo junto da baliza de Matheus. Numa dessas oportunidades, o CD Santa Clara empataria a partida. Jogada de Zaidu, hoje a extremo, na ala esquerda a cruzar de forma milimétrica para uma obra de arte de Thiago Santana. O brasileiro recebe orientado, olha para a baliza e desfere um um pujante pontapé que só iria parar na baliza adversária. Depois do golo, mais CD Santa Clara mas Matheus, primeiro e os postes da baliza evitaram a reviravolta no marcador.
Na segunda parte, o CD Santa Clara entrou, novamente, bastante organizado no jogo diante de um SC Braga que não conseguia ligar o seu jogo. Totalmente contra a corrente do jogo, o SC Braga chega de novo ao empate através de Trincão. Mas Santana disse, novamente, ‘presente’. O brasileiro viria a ganhar uma grande penalidade frente a Raúl Silva, expulsando o central bracarense e, na conversão da marca dos onze metros, bisou na partida. O CD Santa Clara, depois do golo, voltou a estar por cima. Esta superioridade na partida viria a culminar no terceiro golo. Lincoln recupera uma bola perdida e serve de bandeja Carlos Jr. que, na frente de Matheus, atirou a contar. Vitória importantíssima para a equipa que mais fez por merecer.