Sabor amargo.
Voltamos a São Miguel com 1 ponto na deslocação a Vizela, mas fica um sabor amargo depois da exibição que fizemos num terreno complicado.
O primeiro tempo foi extremamente repartido, com ambas as equipas a tentarem de formas diferentes. O Santa Clara investiu em várias combinações, sobretudo na esquerda do seu ataque. Foi nesse setor em que Mansur e Allano conseguiram explorar mais a profundidade, conseguindo várias situações de bola parada, sobretudo cantos, e lances que culminaram em combinações de finalização. Embora com bons períodos, o Vizela não assustou em demasia o guarda-redes Marco. Os insulares, por sua vez, dispuseram de boas tentativas, mesmo que nem sempre com a maior clarividência. A defesa do Vizela, por várias ocasiões, tirou o pão da boca de Luiz Phellype.
Ao intervalo João Afonso entrou para o lugar de Mikel Villanueva, obrigando a mais uma de muitas mudanças no eixo defensivo do Santa Clara, com as quais Daniel Ramos vai ter que ir lidando, num conjunto de circunstâncias pouco favoráveis. Os Bravos entraram com vontade no segundo tempo: dispuseram de um canto e Allano, por duas vezes, ameaçou em investidas individuais. O Vizela tentou responder, mas nem sempre com o maior critério e, por aí, acabou por não atribular demasiado a defensiva do Santa Clara numa altura prematura da 2ª parte.
Jean Patric deu uma vantagem justificada à formação do Santa Clara que, depois do golo, naturalmente, acabou por tentar explorar o espaço em transição e contrariar, com solidez no momento defensivo, as tentativas vizelenses.
Na sequência de um conjunto de cantos o Vizela acabou por chegar ao empate, num dos últimos momentos do encontro, depois da equipa de arbitragem dar 7 minutos adicionais. Compensação, essa, em que o Santa Clara foi exímio a defender a sua baliza e a aproveitar os metros que ia ganhando em algumas ocasiões.
Um resultado que nos deixa um travo amargo, especialmente depois de uma exibição tão positiva e com rasgos de grande futebol da parte dos Bravos.