Espírito de sacrifício. Isto é ser Bravo.
Muitas contrariedades numa partida (2-2) com momentos distintos em Vila do Conde, em que o Santa Clara arrecada um ponto na 3ª fase da Allianz Cup.
Começar melhor em Vila do Conde era difícil. O Santa Clara adiantou-se no marcador à passagem dos 15 minutos da partida. Depois de livre cobrado por Rui Costa, o árbitro Fábio Melo assinalou uma mão de Aziz na área dos vila-condenses. Em cobrança exemplar, Luiz Phellype estreou-se a marcar pelo CD Santa Clara. A resposta da formação de Luís Freire surgiria, contudo, apenas 2 minutos depois. Aziz restabeleceu a igualdade, com os Bravos a assumirem grande parte das rédeas do encontro a partir dessa do encontro.
Não sem momentos em que passou por algumas dificuldades, mas o Santa Clara beneficiou da vantagem que alcançou ao minuto 34: na sequência de uma falta de entendimento entre o guarda-redes Jhonathan e o central, Ângelo Gomes, Jean Patric foi ‘raposa’ na área e acabou por encostar para o 2-1 que, aquando do apito de Fábio Melo para o intervalo, dava vantagem aos Bravos Açorianos em Vila do Conde.
Numa partida em que era imperativo pontuar, uma vez que a 3ª fase da Allianz Cup acarreta apenas duas jornadas, acabou por ser um resultado extremamente satisfatório. Garante não só a liderança do grupo, com 3 pontos, como também uma vitória que quebra o momento menos positivo, apesar de boas ilações a tirar nos encontros recentes.
A segunda parte trouxe contrariedades de peso, mas também ilações a tirar da forma mais positiva. A expulsão de Rafa Ramos por acumulação de amarelos e a grande penalidade defensiva por Leo Vieira, a conversão de Lincoln, acabaram por contribuir diretamente para o desfecho final da partida. Nesta altura, Zé Manuel já tinha empatado para a equipa da casa.
O último quarto de hora, sobretudo, evidenciou uma das grandes virtudes deste Santa Clara, destes Bravos: o espírito de união, sobretudo nas horas difíceis, e a resposta positiva aos momentos adversos. Com o Rio Ave a pressionar no último terço, a formação de Daniel Ramos recuou, jogou coesa numa menor área do relvado e mostrou-se intransponível às investidas do adversário que, embora tenha ameaçado, não conseguiu virar o marcador – e muito por mérito do esforço coletivo açoriano.
Com o foco virado para a próxima batalha, os Bravos Açorianos defrontam o SC Braga no domingo, às 17h, no Estádio de São Miguel.