A sorte que não nos sorriu
À semelhança do que a equipa havia feito em Alvalade e no Dragão, o CD Santa Clara mostrou-se personalizado e a querer impor o seu jogo diante do SL Benfica. A equipa voltou a ser melhor nos noventa minutos mas viu o ponto a fugir-lhe por entre os dedos.
Foi um CD Santa Clara igual a si próprio aquele que se apresentou no Estádio da Luz para jogar diante do SL Benfica. E igual a si próprio equivale a dizer: personalizado, irreverente na saída de bola, confiante a circular o esférico, incisivo no momento do ataque à baliza adversária e extremamente agressivo- no bom sentido do termo- a pressionar a saída de jogo do adversário que sentia claras dificuldades perante o posicionamento açoriano. O golo inaugural da partida surgiu numa altura em que a equipa visitada não tinha conseguido efetuar um remate enquadrado com a baliza de Marco. A equipa não se atemorizou com o golo e procurou igualar a contenda até final da primeira parte, ainda que sem grandes efeitos práticos.
O intervalo fez bem à equipa que regressou ainda mais incisiva e procurando alvejar a baliza adversária. Os primeiros vinte minutos do segundo tempo constituem um autêntico compêndio de bom futebol. A equipa instalou-se no meio-campo adversário e foram várias as chances que poderiam ter sido materializadas em golo. Ora Helton Leite, ora algum desacerto na hora da finalização atrasavam o golo açoriano que viria a acontecer. Anderson Carvalho, hoje capitão de equipa, recebe a bola à entrada da pequena área e, fazendo uso de um apurado sentido de oportunismo, empatava o jogo, trazendo justiça. Mesmo com o golo, a equipa não tirou o pé do acelerador e, através da pressão alta exercida, foi provocando perdas de bola capitais. Novamente contra a corrente do jogo, o Benfica viria a marcar.
A resposta ao golo do Benfica não tardaria e manter-se-ia até final do jogo. A equipa da casa, ciente da fibra dos açorianos, baixou linhas e passou a tentar controlar as intenções adversárias. A equipa voltaria a aproximar-se várias vezes do objetivo mas mostrando algumas falhas no capítulo da decisão que não permitiram a obtenção de um resultado diferente. Para a história fica mais uma grande exibição dos bravos açorianos que deveria ter dado, no mínimo, direito a um ponto. A equipa volta a jogar no próximo Sábado diante do Boavista FC, no Estádio de São Miguel.