Bravos e ferozes
Mais um registo quebrado, mais uma vitória histórica e os oitavos de final alcançados. Foi a primeira vez que o CD Santa Clara venceu o Vitória SC fora de casa. Júlio Romão abriu o cofre para a passagem da eliminatória e a defesa açoriana com o auxílio de André Ferreira tratou de o fazer chegar são e salvo aos Açores.
Na antevisão do encontro Daniel Ramos tinha dado o mote. Há sempre uma primeira vez para se fazer história, há sempre uma possibilidade de se quebrar registos. E assim foi. A raça, o calculismo e a maturidade da equipa foram fundamentais para uma vitória verdadeiramente assinalável diante de um adversário bastante complicado.
Logo nos primeiros minutos, ainda se estudavam as equipas, Júlio Romão abre o livro com um remate de fora de área potentíssimo que viria a beijar as redes da baliza à guarda de Varela. É este, porventura, o momento capital do jogo. A partir daí, o Vitória SC assumiu as rédeas do jogo, ainda que de forma consentida. A equipa orientada por Daniel Ramos optou por conceder, estrategicamente, a bola ao adversário, tentando fechar os caminhos para a baliza de André Ferreira e procurando sair em transições rápidas. E assim foi. Exceção feita a um par de cruzamentos perigosos, a equipa vimaranense pouco incomodou.
No segundo tempo pouco mudou. O Vitória SC detinha a responsabilidade de atacar mais, procurando deter o controlo do jogo perante um CD Santa Clara bastante maduro e competente defensivamente. Ofensivamente, a equipa procurava ser objetiva e criteriosa, tentando atingir zonas perigosas. Nos minutos finais, a pressão adensou-se. Era altura de cerrar os dentes e ir para o campo da batalha. A defensiva voltou a dizer presente e André Ferreira, nos instantes finais, tratou de segurar a eliminatória.