Os Bravos nunca se vergam
Diante do Vitória SC ficou, mais uma vez, bem patente o caráter intrépido desta equipa. A ousadia de querer ser protagonista, bem como a busca incessante do triunfo não prevaleceram sobre as elevadas doses de pragmatismo do adversário.
O CD Santa Clara continua a ser das poucas equipas do campeonato que não muda, nem a sua filosofia, nem os seus comportamentos, em função do adversário e esta máxima foi, mais uma vez, comprovada diante do Vitória SC, uma das melhores equipas da prova. A equipa entrou em campo procurando assumir as despesas do jogo, circulando a bola por todos os seus intervenientes e não se coibindo de pressionar o adversário em zonas altas. A boa exibição da equipa não tinha, no entanto, réplica no resultado. À passagem do minuto 17, totalmente contra a corrente do jogo e favorecido por um ressalto fortuito, Rochinha viria a inaugurar a marcha do marcador. Com o golo, e tal como já é apanágio, a equipa procurou dar uma boa resposta, somando diversas aproximações à baliza à guarda de Bruno Varela, faltando somar o fator sorte aos desenhos ofensivos criados.
No regresso dos balneários, mais do mesmo. O Vitória SC baixou as suas linhas e procurou, sobretudo, sair com perigo através da velocidade dos seus homens da frente, entregando as despesas do jogo à equipa que mais fazia por merecer melhor sorte: o CD Santa Clara. Aos 52 minutos, Rui Costa tentava repor justiça no marcador, introduzindo a bola na baliza adversária. Sol de pouca dura, visto que a equipa de arbitragem viria a anular o golo e, consequentemente, a trazer alguma intranquilidade à equipa até final da partida. Depois do golo, o nervosismo adversário também se viria a condensar, embora sem grande proveito para o CD Santa Clara.
Para a história do jogo fica, mais uma vez, nova exibição personalizada e dar razão às vozes que apontam o CD Santa Clara como uma das equipas que pratica melhor futebol em Portugal.