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«O que me tem guiado? Voltar mais forte»

João Costinha, exemplo de superação. Desde agosto afastado da competição, fruto de uma rotura no tendão de Aquiles que requereu cirurgia e um longo período de convalescença, o médio ofensivo conimbricense tem trabalho arduamente para voltar a treinar em pleno com o grupo de trabalho, sendo que já faz trabalho de campo e superou etapas importantes na sua recuperação. Perante os contratempos, uma atitude e estado de espírito fulcrais para o seu futuro regresso aos relvados que será, naturalmente, motivo de orgulho.

 

Bravura

 

Jogava-se a partida frente ao Moreirense FC, na qual o CD Santa Clara disponha apenas de 4 jogadores no banco de suplentes. Já nos descontos da 1ª parte, um forte revés para os açorianos. Costinha saía de maca do encontro, descobrindo-se, posteriormente, a rotura do tendão de Aquiles. A lesão, embora grave e significando que ia falhar meses de competição, foi encarada com um espírito guerreiro, repleto de bravura e à imagem do grande profissional que é.

 

Reencontro com o grupo

 

Costinha surpreendeu o grupo de trabalho do CD Santa Clara na véspera do histórico confronto frente ao Sporting, para a Final Four da Allianz Cup, acompanhando a comitiva rumo ao Estádio Municipal de Leiria com um espírito extremamente positivo e motivador para os demais colegas. Em conversa com o médio ofensivo, este explicou-nos como pode estar presente para o restante plantel, mesmo não estando apto para dar o seu contributo em campo: «Já que não posso ajudar em campo tento ao máximo ajudar fora [dele], principalmente nos momentos menos bons, para dar confiança para os próximos jogos e umas palavras de ânimo e incentivo», explicou.

«Custa-me muito mais ver os jogos de fora»

Costinha estreou-se nas competições europeias e logo com um golo, frente ao Shküpi

 

A preponderância na caminhada europeia

 

Ainda a tempo de dar o seu contributo nas competições europeias nas eliminatórias frente a Shküpi e Olimpija Ljubljana, Costinha estreou-se oficialmente nas provas continentais e com ênfase. Na primeira partida marcou frente ao conjunto macedónio aquele que seria o seu golo inaugural pelo emblema e, na Eslovénia, capitaneou o Santa Clara. A presença na UEFA Europa Conference League foi um marco história para o clube açoriano, opinião da qual partilha o médio: «Foi fantástico, foi o culminar de uma época muito boa da nossa parte. E, depois, a amargura de estar tão perto de entrar na fase grupos e não conseguirmos a qualificação» lamentando, claro, a eliminação diante do Partizan, na Sérvia.

 

Sofrer de fora

 

Costinha diz-nos que, vivendo o jogo da bancada ou pela televisão, sofre mais pela equipa. «Custa muito, muito mais ver de fora. A mim custa-me muito ver os jogos de fora, e no estádio ainda mais. Fico muito nervoso, mas sem exteriorizar», confessou, ele que numa primeira etapa fez a sua reabilitação em Portugal Continental. Nesta nova fase de recuperação exercita-se junto da equipa médica do Santa Clara que tem acompanhado minuciosamente a sua condição física e todos os aspetos fundamentais à recuperação em pleno.

«Meti na cabeça que queria voltar mais forte!»

Costinha tem lutado para voltar à plena condição física

 

Espírito gigante

 

Confrontados com a adversidade, destacam-se os verdadeiros Bravos e aqueles que ultrapassam com distinção e coragem todos os obstáculos. Perante lesão e a impossibilidade de contribuir com aquilo que mais desfruta, jogar futebol, Costinha diz-nos que encarou o problema físico como uma oportunidade para regressar revigorado e no seu melhor: «Rapidamente meti na cabeça que queria voltar mais forte do que estava, e é isso que me tem guiado. Apesar de vários azares tem sido isso que me tem motivado.»

 

A mensagem aos adeptos

 

Costinha não quis deixar em claro o apoio incondicional dos Bravos Açorianos, deixando uma promessa à massa associativa do Santa Clara: «Quero dizer aos adeptos que este grupo vai lutar sempre pelos 3 pontos em qualquer jogo, de modo a ter a melhor classificação possível, para levar a região dos Açores bem longe como temos vindo a fazer nos últimos anos», afirma. É esta a convicção de todo o grupo de trabalho que tem honrado nobremente a região.

 

A  vontade de regressar

 

«Neste momento já me encontro no campo a fazer variadas coisas, ainda que sozinho, no sentido de voltar aos treinos normalmente com os meus companheiros na máxima forma!» exclama o médio do Santa Clara, para terminar a conversa. Diante de um problema grave, como é do conhecimento geral, ainda mais vincada é o desejo de regressar e dar o seu contributo a um grupo que tem apoiado o atleta durante todo este árduo e extenuante processo – que, no final de contas, vai valer a pena. Assim se vêm os Bravos.