Obrigado, Daniel Ramos.
Hoje perdemos mais que um treinador: era um sócio, amigo, membro da família do Santa Clara e parte integrante da nossa comunidade.
Com Daniel Ramos podíamos simplesmente olhar para números e resultados – muitos deles absolutamente históricos para as nossas cores –, mas preferimos olhar, com enfâse, para a pessoa. Tornou-se uma figura singular da história do clube, sempre guiado por uma personalidade também ela ímpar que levou, em não pequena parte, o Santa Clara às lides europeias.
Não foi a primeira vez que orientou o Santa Clara, mas foi, indubitavelmente, nesta 2ª passagem, que absorver tudo o que esta instituição e comunidade tinha, também, para lhe oferecer. Foi, como se diz popularmente, um dos nossos. O primeiro a dar o corpo às balas por todas as pessoas que integram o clube, fossem atletas, sócios ou funcionários, e um líder nato em todas as funções que desempenhava no quotidiano deste emblema centenário.
Na temporada passada, culminada com um histórico apuramento à UEFA Conference League, múltiplos recordes foram quebrados naquela que é a época mais celebrada de sempre do Santa Clara: melhor classificação e pontuação de sempre, maior número de vitórias e golos marcados, e menor número de golos sofridos. Tudo isto numa temporada em que nos vimos privados do apoio dos nossos Bravos Açorianos durante grande parte da época, e que só podia acontecer com uma liderança absolutamente exemplar.
Daniel Ramos sai do Santa Clara porque é assim, inesperada, a vida de um profissional no futebol. De tudo foi feito pela Administração para que este não fosse o desfecho, mas apenas nos despedimos com o maior louvor àquela que se tornou numa das – e repetimos – figuras da história do clube.
A Daniel Ramos e à sua família desejamos o maior sucesso pessoal e profissional na nova etapa da carreira, pretensões essas que enfatizamos pelo tamanho profissionalismo que demonstrou em prol do Santa Clara. Para um ícone da nossa história a porta estará sempre aberta.