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‘Oh captain, my captain’

O relógio apontava quatro minutos depois dos noventa regulamentares, o CD Santa Clara procurava, desenfreadamente, alvejar a baliza axadrezada, procurando salvaguardar, pelo menos, um ponto na partida. Em resposta às preces e súplicas dos adeptos, eis que surge Fábio Cardoso, tal qual um ponta de lança, na pequena área, a desferir um golpe impiedoso na partida e garantindo a soma de um importante ponto.

 

 

O capitão dos bravos açorianos regressou ao onze inicial, depois de um jogo de suspensão diante do SL Benfica, por acumulação de cartões amarelos. No plano defensivo, ganhou quase todos os duelos contra Elis, unidade mais adiantada dos boavisteiros, principalmente os aéreos. Atento às incursões adversárias que tentava fazer uso da velocidade de ponta dos elementos do ataque, o central mostrou-se, quase sempre, bem posicionado para afastar o perigo da baliza à guarda de Marco Pereira. Também no plano ofensivo, para além do golo que contribuiu para o empate, deixou bem vincado o seu cunho na partida. Com Rafael Ramos em zonas mais adiantadas do terreno, procurando explorar a profundidade pela ala direita, o central acabaria por assumir um papel de relevo no início de construção dos desenhos ofensivos da equipa, colando-se à lateral, procurando encorajar os homens da frente a procurar a profundidade nas costas da defensiva adversária (Carlos Jr. e Cryzan).

 

 

Em termos estatísticos, o central somou o seu 11º golo em 93 jogos disputados com a camisola dos bravos açorianos. Recorde-se que Fábio Cardoso é o terceiro jogador da história do clube com mais jogos no principal escalão do futebol português, apenas suplantado por Marco Pereira, colega de balneário e pelo mítico e eterno capitão, Figueiredo. A mesma estatística prevalece na análise aos atletas da história do clube com mais minutos. O atleta tem vindo a realizar (mais) uma temporada extremamente regular, sendo um dos ativos mais cobiçados do clube.