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PELA VERDADE

O Santa Clara acolhe com estupefação a recente tomada de posição do Clube Desportivo Rabo de Peixe (CDRP). Em resumo, pretende o CDRP justificar o injustificável e transformar uma medida preventiva num ato provocatório. O Santa Clara não vai permiti-lo e por isso importa repor a verdade, ainda que esta possa ser dura para o CDRP.

 

Importa, porém, começar por explicar que o Santa Clara não confunde aquilo que é a vila de Rabo de Peixe e as suas gentes com os acontecimentos do passado sábado. Inclusive, como é já do domínio público, é em Rabo de Peixe que nascerá o nosso futuro centro de treinos.

 

 

Mais: o CDRP é uma instituição desportiva que de todos nós merece respeito pelo seu trajeto.

 

Não podemos, todavia, aceitar os intoleráveis atos que configuram a prática de crimes de ofensa corporal e que foram cometidos por parte de dois atletas do CDRP. E por mais chocantes que as imagens postas a circular possam parecer, infelizmente nem chegam a mostrar toda a dimensão das agressões deste atleta – que até já tinha alinhado pelo Santa Clara -, uma vez que, antes do pontapé na cabeça, foi disferido um soco na cara do nosso atleta Cristiano, tendo este necessitado de hospitalização.

 

Até hoje, nunca o Santa Clara teve conhecimento de qualquer manobra provocatória ou de intimidação por parte dos seus atletas a qualquer atleta ou elemento do CDRP. Nem antes, nem durante, nem depois do jogo.

 

E não será agora o CDRP a toldar a realidade, querendo transformar um ato preventivo em algo provocatório.

 

É, por isso, enorme o nosso espanto com um dos pontos do comunicado do CDRP, onde este diz o seguinte: “A provocação ao nosso Clube e convenhamos aos nossos atletas com a comitiva da equipa adversária a chegar ao recinto com segurança privada, num claro apelo à violência, também não ajudou.”

 

Vamos agora aos factos. Na verdade, foi esta mesma segurança privada, que o Santa Clara contratou por prevenção, a evitar o que poderia vir a ser um cenário bastante mais gravoso.

 

É que – e disto não fala o CDRP -, no final do jogo um atleta da equipa de juniores do CDRP – por sinal também ex-atleta do Santa Clara -, acompanhado do seu pai e de mais dois elementos, perseguiram, ameaçaram e tentaram agredir o nosso treinador Luís Gamboa, que se fazia acompanhar pela filha menor de idade. Felizmente, estes últimos foram a tempo de conseguir fugir para o interior do autocarro da equipa do Santa Clara.

 

Entretanto os mesmos elementos que ameaçaram e tentaram agredir o nosso treinador, não satisfeitos, começaram a pontapear o autocarro, tendo mesmo o referido pai do atleta da equipa do CDRP tentado forçar a entrada no autocarro.

Apesar de algumas agressões e injúrias de que foram alvo, os referidos elementos de segurança privada tiveram sempre uma atitude passiva, no sentido de tentar acalmar os ânimos e, claro, garantir a segurança de toda a comitiva do Santa Clara.

 

O Santa Clara irá, de resto, procurar sempre garantir a segurança de todos os seus elementos quando sentir que a integridade física destes for ameaçada, como se verificou neste caso.

 

Durante toda a sua história o Santa Clara disputou várias competições na formação, de ilha, regionais, nacionais e até internacionais e nunca presenciou nada semelhante ao verificado neste último jogo.

 

Também lamentável é que, não só na sua tomada de posição pública, como por qualquer outro meio, nenhum responsável do CDRP tenha demonstrado qualquer interesse ou preocupação pelo estado de saúde do nosso atleta que necessitou de tratamento hospitalar. Nenhum responsável do CDRP fez qualquer contacto com qualquer dirigente do Santa Clara no sentido de pedir desculpa pelos atos que condena publicamente. Uma postura que faz dispensar mais palavras e despe de sentido as letras que o CDRP gastou.

 

O Santa Clara não se tinha, até aqui, pronunciado sobre os lamentáveis acontecimentos, mas era impossível permitir que a verdade fosse enviesada. Todos os nossos esforços estão concentrados no último e decisivo jogo, que decidirá o vencedor do campeonato, e por isso queremos que todos os nossos atletas estejam focados naquilo que é, de facto, relevante para esse momento. O resto, é um caso para a Justiça.