«Penso que merecíamos outro desfecho. A nossa luta tem de continuar»

Uma mensagem de profundo orgulho do mister Mário Silva, após o empate em Barcelos.

Depois do empate em Barcelos, marcado pelas ocorrências a que a Santa Clara Açores – Futebol, SAD já enumerou, Mário Silva marcou presença na sala de imprensa do Estádio Cidade de Barcelos, analisando a partida e mostrando tremendo orgulho no grupo de jogadores do conjunto insular.

«Estamos dececionados porque conquistamos um, mas queríamos os três pontos. A primeira parte foi de nosso domínio, chegamos ao golo, mas depois sofremos um revés: o golo do empate. Na segunda parte continuamos a batalhar e, com 10 jogadores, de uma forma quase heroica, conseguimos chegar à vantagem. Com mais uma expulsão o jogo descaracterizou-se para o nosso lado. Se já era difícil jogar contra o Gil Vicente com 11, muito mais com 9. Acima de tudo quero dar os parabéns aos meus jogadores que foram brilhantes, foram heróis. O que peço a toda a gente é que merecemos respeito. Aquilo que fizemos hoje, pelo que lutamos hoje, e podem até achar isto injusto, mas penso que merecíamos outro desfecho. Sabíamos que era muito difícil ganhar pontos aqui, mas face a tudo o que aconteceu, acho que ganhámos um ponto.»

O treinador do Santa Clara fala na perspetiva de uma «excelente resposta» já no próximo jogo e frisou, mais uma vez, que se sente «muito, muito feliz» em estar no Santa Clara, e «ainda mais» depois da partida frente ao Gil Vicente. Mário Silva, apesar de referir que não tem por apanágio falar com os jogadores imediatamente após o final dos jogos, afirmou que teve de o fazer: «Dei os parabéns aos meus jogadores. Não gosto muito de falar com eles depois dos jogos, mas sim depois de analisar as coisas com calma, mas tive de lhes dar um abraço a todos pela bravura e forma como aqui, hoje, se bateram contra um Gil Vicente muito forte.»

Para contrariar o adversário, o técnico do Santa Clara sabia o que esperar dos gilistas: «Sabemos que o Gil Vicente gosta de ter bola e controlar com bola. Um dos nossos objetivos era retirar-lhes a posse, sendo que gosto também que as minhas equipas tenham bola, mas sempre de forma objetiva. O nosso objetivo era tirar a bola ao Gil, entrar muito pressionantes na primeira fase de construção adversária porque nos podiam ferir e causar problemas. Sabíamos que só um Santa Clara muito forte a conseguir roubar a bola ao adversário conseguiria sair daqui com pontos e queríamos vencer aqui. Depois de ganhar a bola o que queríamos era atacar a baliza ou, pelo menos, ficar com posse… isso era muito importante neste jogo. Ainda não revi a partida com calma, mas acredito que por aquilo que percebi no banco que tivemos muita personalidade. Na primeira parte tivemos 9 cantos e muito tempo no meio-campo ofensivo. Acredito que possam concordar comigo que foi um Santa Clara personalizado, que veio aqui claramente para conquistar os 3 pontos contra uma equipa muito forte.»

O Santa Clara volta a entrar em campo no próximo sábado, frente ao Benfica, no Estádio da Luz, às 17h00 dos Açores.