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«Quero dedicar esta vitória a todas as pessoas que acreditaram nestes jogadores»

«Quero dedicar esta vitória a todas as pessoas que acreditaram nestes jogadores»

 

Tiago Sousa orgulhoso com a prestação do Santa Clara, pós-triunfo frente ao Vitória SC.

 

Encarregue com a orientação técnica da equipa na última sexta-feira, Tiago Sousa marcou presença na sala de imprensa do Estádio de São Miguel para analisar o triunfo do Santa Clara ante o Vitória SC, naquela que foi uma das melhores exibições da temporada para os Bravos Açorianos.

 

«Quando se ganha os sorrisos aparecem. Também não devemos tirar os pés do chão, a situação nem tão pouco é condizente com isso. Temos de continuar a conquistar pontos rapidamente, isso é o mais importante. Todas as vitórias alavancam para qualquer coisa diferente, que é o que queremos continuar a materializar já no próximo jogo do campeonato frente ao Paços de Ferreira», começou por frisar o técnico do Santa Clara.

 

Questionado sobre um momento apoteótico, de grande significado, no final da partida, em que o grupo de trabalho permaneceu abraçado junto ao banco de suplentes, Tiago Sousa respondeu: «A questão da união é que a equipa une-se na adversidade, assim se fazem as equipas, grandes famílias e grandes grupos e instituições. Esta semana tivemos mais um momento de adversidade, que não é ímpar esta época, e nesse contexto é natural que a mensagem interna seja precisamente essa de união. Na adversidade, se vamos estar em desunião e com cada um a apontar caminhos e rumos diferentes, os objetivos, presumo eu, que não sejam alcançados e que seja possibilidade a capacidade de resolver problemas. Essa união é fruto de um trabalho, crença e atitude que foi pedida durante a semana.»

 

Depois da produção volumosa de oportunidades na 1ª parte, e mesmo com o Santa Clara em vantagem, Tiago Sousa concorda com a análise de que a margem era desajustada para a diferença no rendimento durante os primeiros 45 minutos: «É desajustado. No futebol não costumo usar muito a questão da sorte, ou da justiça ou injustiça, porque no futebol não há justiça. Muitas vezes uns pobres números estatísticos dão uma vitória por 2-0 ou 3-0 a uma equipa, e outras vezes números muito positivos não mostram vitórias. Podíamos ter materializado [em mais golos], esta equipa consegue e conseguirá materializar em mais golos esses números. Não foi possível, mérito ao Vitória que também tem uma boa estrutura defensiva e conseguiu possibilitar contrariar isso. Claro que, com 2-0 no jogo, íamos ficar mais confortáveis até do ponto de vista diferente. Não foi possível e agarramo-nos com unhas e dentes ao 1-0, e nesse 1-0 solidificamos um processo defensivo quando teve de ser. Assim foi até ao final porque o campeonato é feito por pontos, e são pontos que queremos.»

 

Para fórmula de sucesso, Tiago Sousa admitiu imprimir uma mensagem de crença no grupo de trabalho: «Disse-lhes para acreditarem naquilo que foi trabalhado ao longo de 3 anos e meio. Os processos tornam-se mais ricos a partir do momento em que os seres humanos passam por intervenientes diferentes. Em qualquer contexto há sempre motivo para aprender e o que estes jogadores fizeram em 3 anos e meio, junto de um departamento de futebol que preparou o regresso à Primeira Liga, junto de uma administração que tenta dar todas as condições para que continuem com o seu desenvolvimento e potenciação, é nesse contexto que todos os intervenientes técnicos que passem por eles, é sempre um motivo para aprenderem. Pedi exatamente isso. Pedi para acreditarem em tudo o que desenvolveram até agora, e foi isso que levaram ao campo para darem uma grande resposta dentro de campo.»

 

Já depois do término das questões da comunicação social, Tiago Sousa não quis deixar de passar uma dedicatória especial: «Gostava de dedicar esta vitória a todas as pessoas que acreditaram nestes jogadores, que ainda trabalham com eles, a todos os jogadores que acreditaram na mensagem que lhes foi passada esta semana, e a todos aqueles jogadores, treinadores, staff e administradores que passaram por aqui, que ainda estão, e que possibilitaram que, hoje, tivéssemos esta prestação. Nenhum grupo de jogadores consegue juntar-se ao fim de 4 dias e fazer coisa absolutamente nenhuma e nenhum treinador é mágico ao ponto de o fazer.»