Klauss Câmara garante que o projeto da atual Administração é bastante claro: dar maior dimensão ao clube e torná-lo sustentável. “Desde que chegámos ao clube, a SAD tem um projeto com muita ambição, no sentido de potencializar o talento”, sublinhou, no podcast ‘Ataque Rápido’, do Zerozero.
O CEO da SAD encarnada assegura que a ideia é sempre minimizar os riscos associados a um grande investimento como é a entrada num emblema do primeiro escalão nacional. “os nossos processos internos não se baseiam nos processos externos, ou seja, o único fator que é incontrolável é o resultado dos jogos, mas isso é para todos. Tudo o resto, é o nosso trabalho no sentido de construir um ambiente favorável a que os bons resultados apareçam dentro do campo”, atira.
Fora das quatro linhas, há também uma herança com alguns problemas para resolver, mas Klauss Câmara faz questão de tranquilizar os adeptos, pois a SAD está no trilho certo para solucionar tudo. “Este é o projeto mais desafiante da carreira do presidente Bruno Vicintin e também da minha, mas esta não é hora de olhar para o retrovisor. Temos de olhar para a frente. Vários problemas que herdámos já foram resolvidos, outros estão a ser resolvidos, e importante é que as pessoas percebam que hoje nós temos um caminho. Ainda não estamos como queremos, há um caminho longo, mas importante é sabermos que estamos no caminho certo”, dispara.
A melhoria das infraestruturas do clube é urgente e o responsável deixou claro que a SAD está a trabalhar nesse sentido. “Estamos atentos a esse fator e o presidente tem como objetivo melhorar as infraestruturas. Não podemos basear-nos no que aconteceu. Queremos fazer do CD Santa Clara um clube maior”, deseja.
A estratégia na abordagem ao mercado também foi tema. “Quando entrámos, os plantéis em Portugal já estavam praticamente fechados. As pessoas dizem que trouxemos muitos jogadores. Mas se fosse qualquer outra administração também teria de o fazer. Porque saíram 19 jogadores! Se saíram 19, tínhamos de repor… A nossa ideia foi fazer a reformulação necessária, mas pensando em resultados desportivos e também financeiros. Neste momento, já temos jogadores com uma excelente adaptação e o treinador também tem mérito nisso. Juntos, temos encontrado o caminho”, elogia.
Mário Silva, de resto, mereceu destaque do CEO. “A presença física constante é um dos nossos princípios de gestão. Dizer que alguém é bom ou não, sem sequer o ver, é injusto. E eu estou sempre lá. Estou lá nos treinos todos, falo com toda a gente… Esta sintonia é fundamental e o Mário Silva tem as competências que consideramos essenciais. E acima de tudo nesta fase de transição. Ele também entendeu que nós precisávamos trazer estes reforços todos e a sintonia tem sido importante”, explica.
Klauss Câmara mostrou-se, de resto, convicto de que a distribuição mais equilibrada das receitas de televisão “tornará a nossa Liga mais competitiva”. “O jogo em si, em Portugal, já é muito rico. O atleta que sai daqui vai preparado. A Liga tem estado atenta e creio que essa distribuição será um ponto de viragem”, atira.
Para o futuro, deixa uma promessa: trabalho. “Os adeptos podem esperar uma equipa competitiva e um grupo de profissionais que trabalha arduamente para tornar tudo mais fácil a quem está dentro do campo. Agora temos a Taça da Liga e muitos jogadores poderão crescer nesta competição e depois chegar bem à segunda fase do campeonato, onde temos como grande objetivo a manutenção.”