A década de 90 foi, provavelmente, uma das mais douradas na história centenária do CD Santa Clara. É nesta década que o clube arranca numa cavalgada galopante que só viria a terminar no principal escalão do futebol nacional.
Um dos bravos açorianos que ajudou o clube nesta difícil empreitada foi Filipe Moreira. Homem que se associa facilmente aos Açores e ao clube. Homem que deixou uma marca indelével pelas suas qualidades humanas e pelos trabalhos de excelência que permitiram catapultar o CD Santa Clara para cumprir o que estava escrito nas estrelas: atingir o céu.
Primeira passagem em 1992/1993
Com apenas 29 anos, Filipe Moreira segurava a nau açoriana, naquela que foi a sua primeira passagem pelo clube. Era o CD Santa Clara em fase embrionária a procurar bater-se de igual para igual diante de clubes com outro traquejo. Era o CD Santa Clara a ‘gatinhar’ no futebol nacional. Era Filipe Moreira a escrever uma história que viria a somar outros capítulos.
Ananás Mecânico: V.1
Depois do fim do primeiro ‘namoro’ com Filipe Moreira, eis que surge novamente o treinador natural de Lisboa… nos Açores, na época de 96/97. Pelo meio uma passagem pelos vizinhos insulares (CD Nacional e Machico) e outra pelo Lourinhanense.
Futebol de ataque, futebol arte, futebol vibrante. A resposta às preces dos adeptos estava dada. Era o erguer de um gigante. Era o CD Santa Clara a bater com o punho na mesa e a dizer: ‘Os Açores estão aqui’. E estavam.
De diretor desportivo… a treinador
A última passagem de Filipe Moreira nos Açores foi também a mais mirabolante. Em junto de 2003, Paulino Pavão, na altura presidente do clube, apresenta Filipe Moreira como o novo diretor desportivo do CD Santa Clara.
José Mota fez apenas os primeiros oito jogos daquela temporada saindo depois em direção à capital do móvel- FC Paços Ferreira. Eis que, quando poucos esperavam, Filipe Moreira volta a assumir o controlo da nau encarnada. O técnico garantiu o 12º lugar na II Liga, trazendo alguma tranquilidade a uma temporada que se previa instável.