«Vamos partir para todos os os jogos com uma vontade enorme de vencer»
Mário Silva admite que o objetivo da manutenção está muito próximo, mas não entra em complacência e deseja voltar de Arouca com 3 pontos.
O CD Santa Clara entra em campo na próxima sexta-feira, às 14h30, para enfrentar o FC Arouca no reduto dos arouquenses. Mário Silva marcou presença na sala de imprensa do Estádio de São Miguel, antevendo o duelo da 30ª jornada.
«Importante é terminarmos bem a época. A equipa teve uma recuperação fantástica», começou por dizer o treinador do Santa Clara, questionado sobre o seu futuro no clube. Preferindo olhar para um final forte de campeonato – os açorianos ocupam neste momento o 8º posto na tabela -, Mário Silva abordou uma deslocação difícil ao Estádio Municipal de Arouca: «São uma equipa com grande potencial. Foram fazendo jogos muito bem conseguidos ao longo da época. São uma equipa competente, muito perigosa no momento de transição defesa-ataque. Competente em todos os momentos, mas muito forte nesse [momento]. O trio de ataque é composto por jogadores muito perigosos nesse momento, é uma equipa que tem um critério muito assertivo e de certeza absoluta que vai ter que querer jogar, mas uma equipa que, defendendo em bloco médio, aposta muito nas transições ofensivas e é nesse sentido que temos de estar prevenidos», disse Mário Silva, referindo-se diretamente ao adversário da próxima sexta-feira, a qual elogiou.
«Todos os jogos deste campeonato são decisivos para nós. Mesmo nesta classificação mais tranquila temos de ter sempre a responsabilidade do jogo, aconteça o que acontecer até ao fim. Vamos querer ser sempre ambiciosos, sérios e vamos partir para cada jogo com uma vontade enorme de ganhar. A responsabilidade será repartida entre as equipas, sabendo que a deslocação a Arouca é tradicionalmente muito complicado», completou.
Outrora a defesa mais batida do campeonato, a evolução e crescimento do Santa Clara foi também tópico de pergunta a Mário Silva: «O que fez com a equipa melhorasse defensivamente? Trabalho diário, estimulando e potenciando a equipa para que nesse momento possa estar mais forte. Potenciando as coisas boas porque, mesmo não sendo positivo o registo da equipa anterior, quando se perde não está tudo mal e quando se ganha não está tudo bem. Estimular os positivos, melhorar os negativos e, acima de tudo, criar consistência em termos coletivos», começou por responder a um órgão de comunicação social. «O processo defensivo liga-se muito ao bloco defensivo, mas para mim começa no ponta-de-lança e acaba no guarda-redes. Assim como o processo ofensivo começa no guarda-redes e acaba no ponta-de-lança. Acho que foi coletivamente que conseguimos resolver os problema de uma forma eficaz, fruto de muito trabalho», concluiu.
«Gosto muito de estar nos Açores, agradeço muito a oportunidade que me deram e, se puder continuar, [fico] feliz da vida», disse ainda Mário Silva, ele que revelou que, desde a sua chegada aos Açores e ao Santa Clara, conheceu pessoas que lhe vão ficar «para a vida» e «pessoas fantásticas», mostrando-se rendido ao grupo de trabalho insular.