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«Vou-me entregar a 100% a cada jogada»

Óscar Barreto assinou pelo CD Santa Clara em janeiro e já deixou a sua marca no emblema açoriano. Como suplente de impacto, as suas duas assistências diante do Vizela foram fundamentais para carimbar a vitória na partida da 25ª jornada, garantindo a continuidade do registo de invencibilidade caseiro dos açorianos. Em conversa com o departamento de comunicação do Santa Clara, o colombiano analisa o atual momento da equipa e deixa uma importante mensagem aos adeptos, apelando a que continuem a mobilizar-se em força nesta importante reta final de campeonato.

 

Entrar. Assistir. Assistir mais uma vez.

 

A partida diante do Vizela foi difícil, como todas o são no campeonato português, e Óscar Barreto foi um dos protagonistas a desbloquear um jogo extremamente compacto. O colombiano entrou ao minuto 64′ tal como Rui Costa, em dupla alteração, e contribuiu com duas assistências. No primeiro passe para golo assistiu Cryzan e, no minuto 90, bateu rapidamente o livre que proporcionou um momento sublime para Rui Costa. Foram as suas primeiras contribuições diretas para golo no futebol português desde a temporada 2017/2018, época na qual representou o Rio Ave.

 

«O que todos os jogadores querem»

 

A sua exibição frente ao Vizela, disse-nos Óscar Barreto, foi «o que todos os jogadores querem», explicando as suas declarações: «[Foi] Entrar, contribuir e ajudar a equipa a conquistar a vitória. Graças a Deus consegui as duas assistências e celebrar os três pontos, que são o mais importante. Temos de continuar a somar vitórias em casa, a seguir por este caminho. Estou muito feliz e espero continuar a ajudar a equipa», atirou, ressalvando que é importante manter o caminho dos triunfos.

«O futebol português é muito tático, de muitas movimentações e inteligência»

Depois da temporada em Vila do Conde, Barreto representou o Millionarios da Colômbia e, por último, os peruanos do Sport Huancayo

 

Círculo completo

 

Do Rio Ave, por empréstimo do histórico colombiano Millionarios de Bogotá, o sul-americano voltou ao clube depois do período de cedência. O próximo capítulo da carreira iria vê-lo nos peruanos do Sport Huancayo, tendo contribuído com 4 golos e duas assistências em 30 jogos. Em janeiro deste ano, chegando a proposta do Santa Clara, o extremo regressava ao futebol português, no qual tinha deixado boas indicações e, daí, tendo estado referenciado pelos dirigentes dos insulares. «Quando recebi a proposta senti-me muito feliz. Queria voltar ao futebol português e à Europa, não hesitei [aceitar] por um segundo.»

 

Da América do Sul para Portugal, uma questão tática

 

Questionado pelo departamento de comunicação do clube sobre as mais evidentes diferenças entre o futebol português e/ou europeu, e o sul-americano, Barreto não hesitou em responder que, fundamentalmente, as distinções debruçam-se sobre questões de ordem tática: «O futebol português é muito tático e de muitas movimentações, muita inteligência. Talvez na América do Sul o futebol seja mais de desequilíbrios e jogadas individuais. O futebol português é muito mais rápido, é tudo a um ou dois toques», referiu, ele que já é versado em ambas as realidades futebolísticas.

 

Chegar, ver e… não perder 

 

A chegada de Óscar Barreto coincidiu com a chegada de Mário Silva para o comando técnico do Santa Clara, que se juntou aos elementos do corpo técnico já presentes no clube. A simbiose com o grupo de trabalho significou, portanto, o melhor momento da temporada. Desde que chegou ao clube passaram-se 10 jogos, sendo que o Santa Clara apenas conheceu o sabor da derrota em apenas duas ocasiões (Sporting, na Allianz Cup, e Benfica, no campeonato). O colombiano realizou, até ao momento, 6 jogos pelos açorianos. Já foi titular em duas ocasiões, frente a Boavista e Benfica, e consagrou o seu bom momento com assistências para golo frente ao Vizela.

«No jogo contra o Vizela notou-se que os adeptos nos ajudaram até ao final»

Barreto assistiu Cryzan no duelo contra o Vizela

 

Não baixar os braços e continuar o trabalho

 

Vivendo por larga margem o período mais positivo da temporada em termos de resultados e exibições, Barreto considera «importante» manter o foco para as próximas partidas, fazendo o apelo para que o grupo «não baixe os braços» e não viva conformado com os bons jogos do passado recente.

 

«O momento do Santa Clara é muito, muito bom. Temos conseguido consolidar-nos um pouco mais nesta Liga pela forma como estamos a jogar e trabalhos diariamente, o que se nota dentro de campo. [Na segunda volta] só perdemos contra o Benfica e mesmo assim fizemos um grande jogo lá, e acho que tínhamos merecido o empate. É um final de campeonato muito importante para nós, em que não podemos baixar os braços e o rendimento. A acabar o campeonato, isso é o mais importante.»

 

Nada menos que 100% em todas as jogadas

 

Além de dotado tecnicamente, Óscar Barreto é um jogador dotado de uma tremenda raça e atitude dentro de campo, algo que define o grupo de trabalho do Santa Clara na seriedade e esforço com que aborda os jogos e o processo de treino. Aos adeptos do clube, aos quais o colombiano faz o apelo para que continuem a apoiar a equipa, explica que jogador podem esperar de si: «O que os adeptos precisam de saber sobre mim como jogador é a entrega à equipa. Em cada minuto, cada jogada, vou entregar-me a 100%.»

 

Quer faça chuva, quer faça sol

 

Apesar das condições climatéricas adversas que se fizeram sentir na receção ao Vizela, mais de 1000 Bravos Açorianos marcaram presença no Estádio de São Miguel no duelo da 25ª jornada, frente ao Vizela, e Óscar Barreto reconheceu que o seu contributo vindo das bancadas foi vital para, dentro de campo, garantir a vitória e lutar até aos últimos instantes: «A mensagem que deixo aos adeptos é que nos continuem a apoiar a casa e, aos que possam, fora de casa. Acho que na partida contra o Vizela se notou que os adeptos nos ajudaram até ao final, e viu-se no resultado.»